24 maio 2015

Save Me From Hell — Capítulo 5


The Games Start Now... Part 2


Lissy caminhava em direção ao seu antigo colégio; ele ficava perto de sua casa, então não tinha porque ir de carro ou outro transporte.
O recado deixado por Bianca era a homenagem que a Appleville School faria para Josh e sua família. Sra. Summer não queria que sua filha fosse, devido ao trauma que ela poderia estar sofrendo, mas Lissy insistiu tanto que Sra. Summer não pode dizer não. Assim, Sra. E Sr. Summers, Lauren e Lissy seguiram para o lugar marcado.0
Todos que estudaram com Lissy e Josh no Ensino Médio estavam lá, além de alguns “novos” estudantes e funcionários do colégio. A homenagem seria no ginásio da escola, então todos os presentes caminhavam para lá. O ginásio havia sido decorado com algumas cortinas pretas nas janelas. Um grande palco havia sido montado bem próximo às cestas de basquete e fotos de Josh haviam sido penduradas ao fundo do ginásio, atrás do palco. Os mais próximos do falecido ocuparam a primeira fileira de cadeiras.

06 maio 2015

Save Me From Hell — Capítulo 4

The Games Start Now...

                Ela não dormira aquela noite. Os toques que recebera dele em seu sonho pareciam reais demais para serem simplesmente esquecidos. Ainda podia sentir as pequenas e suaves mordidas que ele distribuía em seu pescoço, assim como os beijos. Se sentiu aquecida e estranhamente confortável ao lembrar-se dele. A única coisa que ainda a chateava era o fato de não ter conseguido olhar com mais profundidade o rosto do invasor. Havia focado toda sua atenção ora na situação que se encontrava no sonho, ora nos olhos do suposto invasor.
            Balançou a cabeça, tentando deixar aqueles pensamentos e flashes para trás. Foi até seu banheiro escovar os dentes. Olhou-se no espelho, as olheiras estavam profundas e bem marcadas, seria difícil disfarçá-las no estado em que as mesmas se encontravam. Sua pele se encontrava pálida, devido à noite mal dormida. Passou suas mãos pelo rosto descendo ao pescoço e para sua surpresa: havia marcas vermelhas em seu pescoço, no mesmo lugar em que o invasor havia beijado no sonho.
            Lissy...
            Em um sussurro seu nome era chamado, vinha do lugar de sua cama. Ao se virar para a mesma e ver quem a chamava, viu um homem, vestido exatamente igual ao invasor de seu sonho. Estava de pé, ao lado de sua cama, a olhando com os olhos amarelos. Foi o tempo de ela piscar e o homem desaparecer. Lissy fica encarando o lugar e quando voltou a olhar para dentro do banheiro, o homem ressurge em sua frente. Tamanho foi o susto que Lissy cai, batendo a cabeça na porta do banheiro.
            Ele some novamente.
            - Lissy, você está bem querida?­ – Diz Sra. Summers do lado de fora do quarto, mas não obteve respostas. Lissy tentava se recompor do susto que tomara. – Lissy?
            - Estou bem, mãe! – Lissy responde finalmente, olhando-se no espelho. – Estava com espuma na boca, me desculpe!
            - Tudo bem, quando terminar aí desça pra cozinha, Bianca passou aqui e lhe deixou um recado!
            - Pode deixar! – Respondeu Lissy, olhando preocupadamente ao seu reflexo no espelho.
            As manchas haviam sumido.
- - -
- Ele está fora de si, Martha! Temos que eliminá-lo logo! – Diz Joseph, andando de um lado para o outro. – Ele pode ser um risco não apenas à nós, mas também ao circo! Já pensou em como seremos crucificados, caso os ignorantes dessa cidade descobrirem que a “nossa besta” fugiu? Ou o que ele realmente é? Seremos caçados! A base de lanças e tochas!
            - Não irei matar aquele que garante que eu tome um belíssimo, saboroso e original Rioja 1925 (n/a: vinho). – Diz Martha, uma mulher já na casa dos 45/50 anos, essa tinha os cabelos louros e os olhos azuis, quase cinzas. Sua pele, claro, estava gasta, graças à sua idade. Estava sentada num sofá-cama vermelho. Vestia um vestido que lembrava os grandes e elegantes vestidos medievais e brincos de pérolas extremamente brancas enfeitavam suas orelhas. – Se acalme, querido Joseph, ninguém descobrirá o nosso pequeno e valioso segredo.
            - Quem garante? – Joseph cruzara os braços, olhando sério para Martha.
            - Ora, ele mesmo... – Ela respondeu, levantando-se do sofá-cama. – Ele sabe o que acontecerá se descobrirem sobre ele. Acha mesmo que nossa valiosa besta irá se arriscar? Ainda mais por uma garotinha? Até parece que não são colegas de infância, Joseph.
            - Não sabe do que ele é capaz! Eu o vi assassinar os próprios pais, apenas para saciar sua sede! Não duvido que o próprio mate toda a cidade, e claro, começará por nós! – Joseph bufa, odiava discutir com aquela mulher, sempre perdia as brigas.
            Martha abraça Joseph por trás, acariciando seu tórax e ombros. Ele abaixa a cabeça para o lado, suspirando longamente. Martha distribui alguns beijos no ombro do rapaz.
            - Não há nada do que temer, Joseph... – Sussurra Martha ao pé do ouvido do jovem. – Essas pessoas estão sendo enganadas, e nem ao menos se dão conta disso. Uma morte ou outra não irá fazer diferenças, afinal, pessoas morrem, não há nada mais natural do que isso. Pra que serve encher a cabeça de falsas preocupações?
            - Não estou verdadeiramente preocupado com as pessoas daqui, sabe disso... – Ele se vira, ficando na frente de Martha. Pôs suas mãos na cintura dela e ela, quase automaticamente, pôs seus braços ao redor do pescoço de Joseph.
            - Hm. Sei, sei muito bem. – Ela deposita um beijo nos lábios de Joseph. – E peço que não se preocupe comigo, sei me cuidar.
            Joseph sorri e aproxima o rosto, na esperança de conseguir mais um beijo, mas Martha se afasta, dando um leve tapa na bunda do rapaz.
            - Agora, – Disse ela voltando a se sentar no sofá-cama. – Certifique-se de que todos estarão dignos de se apresentarem essa noite, quero que todas aquelas aberrações estejam impecáveis no espetáculo de hoje à noite. E mande Harry alimentar a besta, sim?
            - Como quiser, madame. – Joseph antes de sair, caminha até Martha para depositar um beijo em sua mão.
            Finalmente só, Martha resmunga:
            - Pobre coitado...
- - -
            Harry puxava um carrinho com dois grandes barris em cima. Deixava um rastro de sangue pelo caminho, esse sangue saia dos barris.  Suava aos muitos, por causa da força que fazia para puxar o bendito carrinho e por causa do clima extremamente quente do dia, e para piorar a situação, a cela da besta era a mais longe, mais afastada e a mais quente de todas as outras.
            Ele enxuga a testa com as costas de sua mão, essa coberta por uma luva preta, a fim de esconder sua aberração. Quando finalmente chega à cela, bate na porta, para avisar quem poderia ser e não acabar assustando a besta.
            - Iae, cara? – Disse abrindo a porta da grande cela. – Parece que querem ver você bem gordo hoje! – Harry ri da própria piada. – Já viu o tanto de comida que mandaram hoje? Nem eu ganho tudo isso...
            A besta levanta o rosto, olhando fixamente aos olhos de Harry.
            - Uia! Me desculpe, eu esqueci da porta! Aguente só mais um pouco, okay? Vou trazer o outro barril! – Se desculpa Harry.
            Como foi dito, o garoto traz consigo – e com muito esforço – o segundo grande barril, fechando a maior porta primeiro e abrindo uma pequenininha, localizada na parte inferior da grande.
            - Um dia terei que enfiar na minha cabeça que você não pode tomar luz do sol... – Ele se senta em algum canto da cela. – O que foi? ‘Tá calado hoje...
            - Não estou com fome... – Responde, enfim, a besta.
            - Ah! Qual é, Zayn? Não vai me fazer sentir que trouxe esses dois barris pra cá à toa, vai? – Harry cruza os braços, indignado com a resposta do amigo.
            - É só levá-los de volta... – Zayn se mexe um pouco, estava com os dois braços acorrentados em uma posição em que os dois se cruzavam.
            - Acha que é fácil? Diferentemente de você, eu não tenho “superpoderes”! Pode comer esses troços e agora!
            - E quem disse que eu tenho superpoderes? – Zayn ri fraco.
            -  E você não tem não? – Zayn nega com a cabeça. – Ué...
            - Apenas posso controlar as mentes das pessoas... – Zayn sorri mais largamente.
            - E isso não é superpoder? – Harry se levanta e caminha em direção aos barris.
            - Não... É uma habilidade, apenas...
            - Sei... Hm! – Harry destampa um dos barris, nele continha órgãos de animais encontrados soltos pelas redondezas. – Tem certeza que não vai comer?
            - Absoluta, já me alimentei hoje e sinceramente, estou cansado de comer fígado de gatos de rua.
            - Então quer dizer que conseguiu sair daqui? – Harry fecha novamente o barril, decepcionado de ter que levar os dois de volta pra grande tenda.
            - É... Pode se dizer que sim...
            - E foi você quem matou aquele garoto duas noites atrás?
            Zayn faz um breve silêncio.
            - Talvez...
            - Qual é, cara? Ficou doido? Martha está puta por causa disso, capaz de descontar toda sua raiva no primeiro infeliz que aparecer em sua frente!
            - Tem medo da Martha?
            - Não só tenho como também não sou doido de desafiá-la! – Harry olhava para Zayn, deixando mostrar a preocupação que sentia em pensar em Martha e nas outras aberrações.
            - Olha quer saber? Por que não volta pra grande tenda? Devem estar sentindo sua falta por lá e eu quero ficar sozinho... – Zayn abaixa a cabeça. – Se quiser, pode deixar os barris aqui, não vou me sentir incomodado.
            - Beleza, mas prometa que não vai fazer alguma loucura que possa colocar as pessoas desse circo aqui em perigo, okay? – Harry encosta uma das mãos na porta da cela, prestes a abri-la.
            Zayn nada responde. Harry respira fundo e murmura um “Você não tem jeito”, saindo logo em seguida. Zayn encara a porta ser fechada e a encara por alguns minutos, até que sai de seu breve transe e respira fundo, precisa voltar ao trabalho.
            Antes que seja tarde demais...

02 maio 2015

Dicas Nunca São Demais.

~capa escrota -sorry-~

Não, isso não é uma miragem, não é um sonho (ou pesadelo), muito menos um devaneio. Vocês realmente estão me vendo por aqui. Eu sei, eu sei, vocês devem estar pensando "MAAAAAAAIS DICAS?" mas de acordo com o título, dicas nunca são demais.

Como uma pessoa desocupada que acaba de entrar no ensino médio e faltou quase a semana toda para ler fanfic - olá burn bright (vício) -, eu tive um bom tempo para ler diversas delas, e para ser sincera, quase precisei de um pote de sorvete, lenços e um cantinho para chorar. Mas não chorar por a história ser boa, chorar por desgosto.

Eu não sou uma expert em escrita, não sou a pessoa com as melhores ideias que esse mundo já viu, longe disso. Mas meu intuito ao criar este blog não foi apenas postar fanfics (coisa que eu não faço mais e nem pretendo, me desculpem), foi ajudar vocês também, ajudar a não cometerem os mesmos erros que eu.

E, foi pensando nisso que eu ressurgi das cinzas e resolvi listar aqui alguns erros que eu já cometi, ou que venho vendo por aí constantemente. Peguem suas pipocas, seus óculos 3D e o refrigerante e vamos lá.


27 março 2015

Save Me From Hell — Capítulo 3

He is Here...

Lissy ainda estava quieta. A imagem do corpo de Josh estava estampada em sua cabeça, recusando-se em sair. Os policiais a fizeram várias perguntas, mas ela não respondia, não porque não queria, mas simplesmente não conseguia. Sua garganta se fechara, impossibilitando que qualquer som saísse pela sua boca.
            - Senhorita Summers, por favor, precisa colaborar conosco. – Pediu pacientemente o delegado Harris. – Se permanecer em silêncio, teremos que tomar medidas mais... Rigorosas...
            - O que está querendo sugerir, delegado? – Disse Sr. Summers, esse se levantou de sua cadeira, cruzou os braços e franziu sua testa, olhando para aquele que ameaçara sua filha, já essa bebia um copo de água, seus olhos estavam foscos.
            - Tente entender, Sr. Summers, sua filha não quer colaborar com a policia.
            - Ora, não está vendo o estado que ela se encontra?
            - Pai... – Disse Lissy, num sussurro. – Não se preocupe, eu irei responder às perguntas...
            - Mas...
            - Eu já estou um pouco melhor, pode esperar lá fora...
            Sr. Summers concorda com a cabeça e logo em seguida sai da sala do delegado. Louise inspira algumas vezes a fim de se acalmar, tanto por fora, quanto por dentro de si. O delegado Harris, um homem que aparentava ter já seus 40 anos, espera que Lissy se tranquilize pacientemente.
            - Muito bem, senhorita Summers, já está calma o suficiente? – Ele pergunta ao ver a jovem terminar seu copo de água.
            - Sim... – Responde ela, amassando o copo plástico que estava em suas mãos.
            - Ótimo, então já posso começas...
- - -
            As perguntas que o delegado Harris fez foram, na opinião de Lissy, as básicas para saber se você é suspeita ou não. Coisas do tipo “Onde você estava às 11:00 da noite anterior?” ou “Vocês brigavam muito? Você tinha ciúmes de seu companheiro”. Perguntas completamente desnecessárias, ao ver da mesma.
            No velório, Martha, mãe de Josh, dizia suas últimas palavras ao filho querido. Os vizinhos, parentes e amigos da família formavam um círculo em volta da cova, todos de pretos, as mulheres segurando um pano branco e seus respectivos maridos ao seu lado, uns as abraçavam para confortá-las. Assim que Martha termina todos a acompanham para a saída, dali eles iriam para sua casa, naquelas típicas “festas” após o enterro.
            Lissy não foi ao velório. Ela queria ir, mas sua mãe não permitiu, Sra. Summers não queria que sua filha se envolvesse muito sobre o assunto, temia que a mesma ficasse com algum trauma ou algo do tipo. Lissy então, para se distrair, ela se trancou em seu quarto ligando o rádio e deixando em uma estação qualquer.
No rádio tocava Luna Rossa, de Frank Sinatra¹, ela não sabia o porquê, mas essa música a fez pensar em Josh e em como os dois se conheceram. E a partir dali ela se lembrou de quando ele a pediu em namoro em frente de toda a escola, em como ele ficava empolgado antes de ir jogar em algum grande jogo do time de futebol da escola. As conversar, os abraços, os beijos que davam debaixo das macieiras do parque da cidade. E logo, sem perceber, Lissy se encontrou chorando. A saudade começara a aperta-lhe o coração, soluçava tanto que mal conseguia respirar direito. Ela então se levantada e fica sentada em sua cama, ainda chorando desesperadamente. Não conseguia acreditar, ou aceitar, a morte de Josh, sentiria falta até de suas crises de criancice.
Quando os soluços e sua angústia diminuíram, ela deu um longo suspiro, na intenção de se acalmar. Sentia-se um pouco mais leve, triste – bem triste –, mas leve. Decidiu então tomar um banho, pra que a “leveza” aumente. O rádio continuava a tocar, a casa continuava vazia e aos poucos Lissy voltava ao seu estado normal.
Sua camisola passa pelo seu corpo, já estava escuro e seus pais ainda não haviam voltado ainda. Deviam estar esperando todos os convidados irem embora da casa dos Campbell, sempre faziam isso, os Summers eram sempre acolhedores.
Finalmente vestida, ela desliga o rádio, e se prepara para ir deitar-se. Sentou-se em frente ao seu espelho e começou a escovar seu cabelo. Distraída ela olha para o reflexo da janela, essa estava aberta. “Engraçado... Não me lembro de ter deixado a janela aberta...”, ela se vira e uma leve brisa fazia as cortinas balançarem. Ainda um pouco confusa, ela se levanta e vai fechar a janela. Odiava mosquitos, e deixá-la aberta iria permitir que eles se apoderassem da casa.
Quando estava voltando à sua penteadeira ela ouvi um barulho na cozinha. “Deve ser mamãe e papai... Ou Lauren...”, ela ignora e volta a pentear seu cabelo. Porém, o barulho volta a ser ouvido, e de novo, e de novo, até que ela perde a paciência e vai até o andar de baixo ver o que raios estava acontecendo.
O barulho vinha da cozinha, vidros, madeiras e metais caindo puderam ser identificados com a aproximação de Lissy ao local.
- Mãe? Pai? – Chama Lissy, os barulhos se cessam no mesmo instante. – Lauren? – E mais uma vez fica sem resposta.
Seu coração começa a acelerar. Olhou para sala, não havia nenhuma bolsa, nem de Lauren, nem de sua mãe. Olhou para a entrada da casa, não viu nenhum casaco pendurado ali por perto, o que significava que seus pais ainda não estavam em casa e que a pessoa que estava ali, poderia ser muito bem um ladrão... Ou um assassino...
- Acha que se esconder atrás da parede irá te proteger, Lissy? – Diz uma voz grossa e masculina.
Ela corre de volta para o segundo andar, a pessoa não reage. Lissy se tranca em seu quarto e corre para a janela.
- SOCORRO! ALGUÉM POR FAVOR! – Ela grita o mais alto que pode, mas nenhum vizinho reage, nenhuma luz é acessa.
- Eles não vão te ouvir Lissy... – A voz era projetada do outro lado da porta, Lissy podia sentir o corpo daquele que havia invadido sua casa. Ela continua gritando – Desista e abra a porta, antes que eu mesmo faça isso...
- O QUE VOCÊ QUER?? – Grita Lissy para o invasor.
- O que eu quero eu já consegui há muito tempo... – A porta se abre lentamente. – E essa coisa está aqui... – Seu braço já é possível de ser visto. – De camisola, um pouco transparente até, o que deixa as coisas ainda mais interessantes... – Sua cabeça aparece um pouco, assim como parte de seu tronco, seu cabelo era um pouco grandes e ele vestia um sobretudo negro. – E pra melhorar, está completamente suada.
Ele empurra a porta com força, fazendo-a se chocar contra a parede. Ele levanta a cabeça devagar e seu rosto é finalmente revelado. Seus olhos eram castanhos, seu rosto era magro, mas ao mesmo tempo charmoso, atrativo. Em suas mãos havia vários anéis, e em sua mão esquerda podia se ver algo a mais que os anéis.
Sangue.
Ele se aproxima de Lissy, olhando-a tão profundamente que a mesma era incapaz de desviar o olhar do invasor. Ele pisca e no momento que volta a abrir os olhos, suas íris castanhas mudam para um tom dourado. Lissy estremece, balança a cabeça e finalmente olha para outro canto do quarto, procurava algo para acertá-lo e ganhar uma chance de fugir.
Mas antes que ela percebe-se, o invasor a pressiona contra a parede ao lado da janela. Ele agarra seu pescoço, a apertando gradativamente. A pressão de Lissy abaixa em uma velocidade assustadora, estava prestes a desmaiar, portanto, não conseguia se defender. O invasor aproxima seu rosto ao dela, ele a examina com os olhos, reparando em cada mísero detalhe do rosto da garota. Em seguida, passa uma de suas mãos pelo rosto de Lissy, fazendo uma espécie de “carinho”. Lissy, involuntariamente fecha os olhos, mas os abre novamente quando a carícia se cessa. O invasor agora leva o rosto para o pescoço de Lissy. Ele sentia o perfume natural da garota em cada poro do local. Uma de suas mãos para do quadril de Lissy e a outra na clavícula. A respiração dele começa a acelerar e consequente a isso, a de Lissy também. O invasor então começa a distribuir beijos pelo pescoço da garota, mordiscando algumas vezes. Lissy fica totalmente paralisada, seus olhos estavam fortemente fechados, sua respiração pesara. O invasor aumentava e diminuía a velocidade que distribuía os beijos.
Ele então, subitamente, se afasta, Lissy cai em sua cama. O invasor parece ter tido algum tipo mal-estar, já que estava com as mãos tampando o rosto. Lissy recupera o fôlego, mas ao invés de gritar para os vizinhos por ajuda, ela o aguarda, olhando-o com curiosidade. Ele retira as mãos do rosto e a olha, fixamente e antes que Lissy percebesse, ele já não estava mais ali. A casa fica num breve silêncio, até que a porta é ouvida bater.
 - Lissy! Chegamos... Aonde é que você... MAS O QUE É ISSO?? – Sra. Summers diz, a voz era escutada um pouco abafada devido a distância dos lugares.
- Lissy! Venha aqui, por favor! – Chamou Sr. Summers.
Lissy tremia. Devido a demora de alguma resposta, Sr. Summers sobe até seu quarto, e encontra sua filha pálida, com os olhos arregalados, tremendo e suando, se abraçando em sua cama.
Em instantes, as sirenes do carro de polícia podiam ser ouvidas, anunciando sua aproximação da casa.
E ele assistia à tudo, sentado no gramado do jardim da casa.
 Continua...

16 fevereiro 2015

Save Me From Hell - Capítulo 2

Josh is Dead

- Louise, Louise Summers. – Ela responde puxando sua mão, não tão grosseiramente, de volta.
- Sabe que o lugar onde está é restrito, certo? – Joseph cruza seu braço com o de Louise. Sempre muito sutilmente e delicado.
- Sei, mas é que... – E ela se silencia. Não queria colocar o nome de Josh no meio daquela conversa, poderia causar problemas para ambos, além de sentir que estaria colocando toda a culpa nele. – Fiquei curiosa para saber o que havia aqui. – Responde ela, depois de alguns longos segundo calada.
            Joseph sorri mais ainda, soltando um breve riso.
            - Compreendo... Também ficaria curioso se soubesse que o circo que está em minha cidade, trouxesse uma misteriosa “besta de olhos amarelos”. – Eles caminhavam em direção à saída do acampamento. – Responda-me, senhorita Summers, está sozinha?
            Ela demora um pouco para responder.
            - Érr, na verdade, não. Vim com meu namorado, mas acabamos nos perdendo...
        - Sei que ele deve estar bastante preocupado... – Ele para em frente à “entrada” do acampamento. – Está escurecendo, por que não volta para sua casa e o liga? Pedirei que um dos meus... Vigias a acompanhe.